Adré Luiz é aluno da Escola de Ensino Médio Clementino Procópio |
O aluno André Luiz Simões
de Menezes, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Clementino
Procópio, localizada na cidade de Campina Grande, participa de estudo por
primeiros princípios das propriedades óticas e mecânicas de nanoestruturas
BxNyCz em pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Campina Grande
(UFCG). O projeto foi selecionado no Edital do Programa de Apoio a Núcleos de
Excelência (Pronex) da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq), que
tem como coordenador o professor Sérgio André Fontes Azevedo.
Esta atividade consiste na
execução de um projeto, por meio do Programa de Iniciação Científica, voltado
para o ensino médio (Pibic-EM), vinculado à Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG). A intenção é levar a nanociência para a educação básica (ensino
fundamental e médio). Mostrar o experimento da Física em sala de aula, de forma
descomplicada e usando exemplos do cotidiano.
De acordo com Mirleide
Dantas Lopes, responsável pela divulgação científica do projeto, basicamente são
trabalhados com o estudante conceitos próprios da pesquisa científica em
nanomateriais, que estão diretamente relacionados à Nanociência e à
Nanotecnologia. “A realização da referida atividade só é possível graças a um
processo de transposição didática pelo qual passam os conceitos científicos e
que os tornam aptos a serem abordados nesse nível de ensino”. O estudante
cursava o 2º ano do ensino médio quando ingressou no projeto, atualmente está
concluindo o 3⁰ ano. Devido à pandemia de Covid-19 a equipe precisou se adequar
e trabalhou com a teoria e simulações computacionais.
André relata que quando
foi selecionado para participar do projeto ficou com medo porque não era tão
bom em Física, mas depois a experiência lhe ajudou bastante nos
estudos. “Eu não tinha ideia que a nanociência está em nosso
cotidiano, no processador do computador que uso, nos componentes de um celular,
nos cosméticos, entre outros”. A Nanotecnologia é o estudo de
manipulação da matéria em escala atômica e molecular, incluindo o desenvolvimento
de materiais, associado a diversas áreas como: medicina, eletrônica, ciência da
computação, física, química, biologia, engenharia dos materiais.
De acordo com Mirleide, o
trabalho realizado é extremamente relevante, uma vez que a Nanociência e a
Nanotecnologia já começam a fazer parte do cotidiano das pessoas, por meio de
dispositivos eletrônicos, remédios, produtos de higiene e de beleza, porém
geralmente não são discutidos os reais impactos que estes produtos podem
acarretar, pois associado a todo desenvolvimento científico e tecnológico
encontram-se também algumas consequências negativas, como a poluição ambiental
e os impactos na saúde humana.
Ainda por meio desta
atividade é possível promover um processo de alfabetização científica, que torna
os indivíduos envolvidos mais críticos e reflexivos, e ajuda a combater o
engodo pseudo científico que tanto assola a sociedade contemporânea.
Recentemente, as reuniões de trabalho passaram a ser realizadas
remotamente através da internet.
Atualmente, o projeto está
em fase de conclusão, no entanto, foi solicitada sua renovação junto à UFCG. Os
resultados parciais do que foi trabalhado com o discente serão apresentados
brevemente à escola, em uma reunião remota.
Se antes de ingressar no
projeto André tinha receio da Física agora ele pensa seriamente em fazer
faculdade nessa área.
***Ascom com redação Boa
Notícia PB
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