Consórcio NE elogia modelo elaborado pelo governo de JA |
A matriz de risco
elaborada pelo Governo do Estado no plano de retomada da economia na Paraíba
serviu de modelo para o Comitê Científico do Consórcio Nordeste para a Covid-19
implementar a matriz para auxiliar os governadores nordestinos na tomada de
decisão, no que se refere tanto ao estabelecimento de diferentes níveis de
isolamento social, como no de flexibilização, assim como propor um critério
quantitativo e homogêneo para guiar suas próprias recomendações.
Em seu último boletim, o
de número 8, divulgado nesta semana, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste
para a Covid-19 destaca que o modelo adotado na Paraíba possui “grande
efetividade” e também elogia a decisão de fechamento territorial da Região Metropolitana
de João Pessoa. De acordo com o Comitê, as medidas de isolamento social ainda
não devem ser relaxadas.
O secretário chefe da
Controladoria Geral do Estado, Letácio Tenório Guedes Júnior, explicou que a
matriz de risco adotada no estado da Paraíba no plano de retomada da economia,
denominada “Novo Normal Paraíba” foi elaborada a partir do guia da Universidade
Johns Hopkins utilizado pelos Estados americanos como referencial para
elaboração dos seus planos. “Essa matriz é bastante simples, comunica bem e
consegue demonstrar para a população quais critérios foram utilizados para
classificar os segmentos da economia como de maior ou menor grau de risco de
exposição da população à propagação do vírus”, comentou.
Letácio Guedes explica
que a matriz de risco paraibana utiliza fatores de simples compreensão, entre
os quais a intensidade de contato, no qual são classificados os segmentos da
economia que propiciam a menor ou maior intensidade de aproximação entre as
pessoas. “Se você tem um determinado tipo de negócio em que as pessoas ficam
próximas umas das outras, vai ter uma classificação alta em relação à essa
proximidade, a qual representa uma probabilidade de transmissão do vírus. Então
se você tem pessoas próximas e em grande quantidade, você tem um risco alto da
propagação do vírus naquele tipo de segmento”, esclareceu.
Outro parâmetro que foi
utilizado nesse modelo de abordagem seria o potencial de modificação dessa
situação, para diminuir o risco de propagação do vírus. Conforme o secretário
chefe da Controladoria Geral do Estado explicou, um determinado negócio que
possui intensidade de contato alta, aglomera muitas pessoas, pode ter um
potencial de adotar medidas que vão mitigar esse risco da propagação do vírus.
Ele deu como exemplo a atividade comercial do supermercado, “que pode aglomerar
muitas pessoas, mas se observa que foram tomadas medidas para diminuir esse
risco como: o uso da máscara, o álcool em gel, controle de quantidade de
pessoas dentro do estabelecimento, checagem de temperatura na entrada,
barreiras colocadas entre os caixas e os clientes para proteger ambos...Foram
medidas estabelecidas para diminuir o risco de propagação da doença”.
Letácio Guedes comentou
que a matriz de risco do plano de retomada da economia elaborada pelo Estado da
Paraíba fez uma pequena adaptação do guia da Universidade Johns Hopkins, e,
assim, linka em cada segmento bandeiras de classificação dos municípios. Essa
classificação observa o estágio de como está a pandemia, tendo como
base quatro indicadores: a evolução dos casos, a quantidade de óbitos, a taxa
de isolamento social e a taxa de leitos hospitalares disponíveis. As bandeiras
vão de verde a preto, e se conectam com a matriz de risco de segmento.
“Determinado segmento pode ter uma exposição média ao risco e pelo modelo vai
poder voltar a funcionar quando estiver na cor amarela. Outros segmentos têm a
exposição de risco maior e só voltam a funcionar quando a bandeira estiver
verde”, observou.
O secretário chefe da
Controladoria Geral do Estado comentou ainda que essa é a dinâmica da matriz de
risco vem sendo bem aceita nas reuniões que o Governo do Estado já promoveu com
diversos segmentos da sociedade. “A gente credita isso ao modelo, que não é
complexo, mas bastante simples, e que consegue comunicar bem à sociedade”,
concluiu.
Comitê – O Comitê Científico do Consórcio Nordeste para a
Covid-19 é coordenado por Miguel Nicolelis, neurocientista e referência mundial
na pesquisa da interface entre cérebro e computadores, e por Sérgio Rezende,
físico formado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e
ex-ministro da Ciência e Tecnologia e conta com a colaboração de representantes
de todos os Estados do Nordeste.
O grupo ainda conta com
a participação de mais de 700 membros e 50 instituições, que atuam de forma
voluntária em estudos voltados para o combate à Covid-19, formulando
indicativos por cada Estado.
O CCCC foi criado pelo
Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio
Nordeste) para dar suporte às tomadas de decisões dos gestores estaduais em relação
à pandemia do novo coronavírus.
******* Ascom com redação Boa Notícia PB
Sem comentários:
Enviar um comentário