sexta-feira, 12 de junho de 2020

Instituto Butantan de SP vai testar vacina contra o coronavírus em 9 mil voluntários



A vacina é fruto de pesquisa do Butantan com laboratório chinês
O governador de São Paulo, João Doria, disse que a parceria entre o Instituto Butantan e um laboratório chinês para testes de uma vacina contra o coronavírus será feita em 9 mil voluntários brasileiros.

"O domínio dessa tecnologia é brasileiro e chinês nesta vacinas. Ela foi batizada de Coronavac. A vacina da Sinovac já foi administrada em mil pessoas nas fases 1 e 2 na china. E agora, na fase 3, que é a última, aqui em 9 mil voluntários brasileiros. O acordo de transferência de tecnologia com o Instituto Butantan permite que São Paulo participe dos principais avanços do mundo na luta contra o coronavírus", disse Doria durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (11).

Se bem sucedida nos testes, a vacina poderá ser produzida no país e disponibilizada no SUS a partir de junho de 2021, segundo previsão do governo paulista.

"Comprovada a eficácia e a segurança da vacina, o Instituo Butantan terá o domínio da tecnologia e a vacina poderá ser produzida em larga escala no Brasil pelo próprio Butantan, para fornecimento ao SUS de forma gratuita até junho de 2021. Estamos falando da vacina contra o vírus que abalou o mundo, 216 países do mundo enfrentam hoje o coronavírus", afirmou Doria.


O anúncio da parceria para testes e produção de uma vacina foi feito uma semana após o governo iniciar o plano de flexibilização da quarentena no estado e no dia em que o estado ultrapassou os 10 mil mortos pela doença.
Ainda segundo o governo, outros acordos com Sinovac estão sendo feitos para garantir o fornecimento do produto ao país enquanto a tecnologia de produção da vacina é transferida para o Butantan.

Os estudos clínicos no Brasil serão iniciados após a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e dos comitês de ética em pesquisa.
A vacina da Sinovac Biotech já foi aprovada para testes clínicos na China. Ela usa uma versão do vírus inativado. Isso quer dizer que não há a presença do coronavírus Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos deste tipo de imunização.

Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Isso garante que ele não consiga se duplicar no sistema. É o mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe).
Ela implanta uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade de quem é vacinado. Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune.




***** G1 com redação do Boa Notícia PB

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